quarta-feira, julho 13

Ugh.......

Sentir o nosso próprio cheiro deve ser das coisas mais difíceis. Talvez por estarmos habituados a ele. Mesmo com os perfumes, temos tendência a não cheirar na mesma medida que os outros o cheiram… para o bem e para o mal. O meu maior problema é saber que tipo de hálito sai da minha bocarra. E lembro-me disso porque eu sofro, e acreditem que sofro muito, com os hálitos das outras pessoas: tenham eles a ver com o que se comeu ao almoço ou com um dente cariado, sejam apenas o cheiro “normal” da boca ou o produto de uma valente gripe, etc., etc. E isto leva-me a pensar como será o meu, simplesmente porque não o sinto. Pelo sim, pelo não, ando sempre a mascar pastilha elástica (das supostamente sem açúcar) e quando estou fanhosa evito falar com os outros, não vá estarem a roer-se por dentro, sem exprimir com esgares o quanto a minha boca aberta pode incomodá-los, apenas porque são bem educados… Azar dos azares, costumo ir no metro com um colega que, perdoem-me a expressão, tem um hálito fedorento. E eu, que até sou boa rapariga, fico ali com a tripa às voltas e a fazer figas para que chegue depressa a minha paragem. O moço não tem culpa (lá está, provavelmente nem nota!), mas cheira que tolhe e eu torço-me toda de cada vez que tenho de fazer a malfadada viagem com ele. Hoje aconteceu o mesmo. Ainda tentei remediar a coisa: como estava ao lado dele e não conseguia libertar-me do incómodo, optei por passar para outro banco, ficando frente-a-frente com o meu colega e o seu hálito. Até estava a dar resultado, só que ele, para que outros não ouvissem a nossa conversa, lembrou-se de se debruçar na minha direcção de cada vez que falava. SOCORRO!