Vou escrever um livro
Estou tentada a escrever um livro. Já tenho título: “O que é que os gajos querem de nós?”. Só estou na dúvida se deva acrescentar, in fine e antes do ponto de interrogação, uma espécie de certeza, que é “além do sexo”. Ou seja, é bem capaz de o título vir a ser “O que é que os gajos querem de nós além do sexo?”. Conto convosco, gajos e gajas, para começar a arrumar umas ideias e, sobretudo, tentar contrariar o que venho tendo como verdade insofismável: não querem nada. E, reparem, não falo só por mim… É que todas as gajas com quem convivo (obviamente as da minha idade e livres) se queixam do mesmo. À conta de tanto pensarem com a cabeça errada, os gajos só dizem asneiras e agem como criancinhas quando têm de usar o verdadeiro órgão pensante (o cérebro) para dizer alguma coisa. Que é como quem diz, só dizem disparates e têm as atitudes mais inusitadas que se possa imaginar… Vá, ajudem-me lá a perceber… obviamente que, dado o défice de opiniões verificado até agora, espero que o auditório masculino se esmere.
15 Comments:
Talvez te conviesse, existencialmente, reformular a pergunta: "o que é que eu tenho vontade e necessidade de lhes dar?"
Um livro? Escreve-o.
Mas essa conversa quase recorrente sobre o sexo que eles (predadores) querem (pelos vistos, obsessivamente e exclusivamente) não te merece. É conversa de treta, quero dizer, de sacristia ou de divã...
Dá-lhes o que te apetece e não estejas sempre a olhar-te (e a lamuriar-te) ao espelho...
Salda, de uma vez, as tuas contas com o passado e abre um novo ciclo na tua vida...
Ladra para dentro. Talvez acordes.
Concordo com o Ademar na substância. Cada vez considero que a resposta que está por dar é à seguinte pergunta "o que é que nós queremos de nós mesmos?" Não podemos procurar nos outros o que não encontramos em nós. parece conversa à Paulo Coelho mas é mesmo assim. Cada vez mais acredito num bem estar que sobrevive aos outros, pode desaguar neles, mas nasce em mim. E não pára de brotar. Sobre os homens posso-te dizer que são como as mulheres, generalizáveis e ao mesmo tempo inclassificáveis. São paradoxos. Mas tambem podem ser dogmas. Querem sexo? Abençoados sejam! Não os vamos culpar por isso. Quem não quer que atire o primeiro pénis.
Bola para a frente. Organiza a gaveta das fotografias velhas e avança. Agora sei lá o que é que quero para além de sexo, quero carinho, amor, livros, música e paz, muita paz.
He, He... isto está a aquecer!
O que eles querem delas é o que elas querem deles. Simples como isso, muito mais do que "plain sex".
... nã sê, nã sê! Se é isso, podiam começar a falar português, a ver se a malta se entende!
Queres homens com manual de instruções? Deixa-te disso. Explora-os e explora-te. Não encontrarás dois iguais, por mais sexo que queiram. Ou menos.
Parece que estás à espera que os homens cheguem ao pé de ti e digam: menina, o que eu quero de ti é o seguinte... (e entrega a lista das expectativas).
Ninguém funciona assim. Nem tu. Espero.
Pronto, Ademar! Leva a bicicleta enquanto eu peço desculpas por não pensar "à gajo"... Não preciso de me explorar, os outros é que talvez. E talvez seja isso que lhes falta, pelo menos a alguns!
Posso fazer isso tudo, menos a coisa do livro. Tenho mais jeito para ler...
:)
Bom é quando aquece e vai de calorzinho em calorzinho até ao êxtase final! :)
ora muito bem, muito bem... chego à “marada” conclusão que consigo concordar com tudo o que aqui foi escrito antes de cá chegar o meu nariz metediço!
Vamos lá ver, concordo com esta coisa de querem (eles) o mesmo que (elas)... mas também me parece que (às vezes, lá calha!) falamos línguas diferentes, assim como que entre falantes de verbalização e falantes de língua gestual... então dá-se a possível confusãozita de "afinal, que diabo queres de mim?!"...
Também quero o livro! pronto, isso faz-me concordar com outra das afirmações já aqui deixadas! mas também percebo que pareça haver mais gostinho na leitura já pronta que na escrita a entabular...
uhm... demasiado gaja, dirão... esta não se decide, concorda com gregos e troianos... mas não, vá lá, não é por aí! Concordo é com qualquer ponto de vista possível até agora, mesmo porque "esta discussão" ainda só vai à saída para a procissão!
Por exemplo, a expressão que usas: “todas… com quem convivo (obviamente as da minha idade e livres)…” ora ora ora… pois eu tenho cá a impressão que sou mais entradota (no meu belo carreitito quase à curva dos 40) tb é verdade que o nosso convívio é virtual mas, no que toca à ideia de livre…
uhm… cá anda a mais fluida e matreira afirmação de não-ocupação! Deixem-me aqui afirmar alto, esta que é a minha grande convicção:
estamos e somos tanto mais livres quanto melhor acompanhados sabemos ser!
Voltando ao livro… Lésse, para quando?
augh
Todos, independentemente do sexo, buscamos o espelho; todos queremos um juiz, mas não um carrasco, todos queremos água na nossa sede, pão para matar a fome ocasional; todos almejamos o par, o conforto do ombro alheio, o beijo redentor, o orgasmo explosivo. O problema é a procura e como a fazemos. O problema é sermos mais que nós, carregados os bolsos de expectativas e passados insinuantemente presentes. Dizia uma amiga, e neste teu blog até fica bem, que nós deviamos ser como os cãezinhos: cheirar, gostar e montar. Era redutor, mas era muito, muito mais simples. ( obrigado pela visita )
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Bom, vou ver se agora não me engano, para não ter de apagar o comentário: queria eu dizer ao Paulo que gostei da expressão "cheirar, gostar e montar"... mas não tem muito a ver com a minha "cadelice"... e à Maria eu digo que, ao que parece, as primaveras já passaram por nós em igual número!
Acredito! Os meios para atingir os fins é que devem ser outros...
:-)
ups, ficámos zangados?
He, he, he... já tinha reparado na proveniência! Espero que não esteja tudo a arder por aí
:)
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