quinta-feira, agosto 25

Silêncios

A propósito dos silêncios da nossa Maria, fui buscar isto:
"O que há de mais precioso em nós mesmos é o que fica por dizer".

Disse-o E.M. Forster

4 Comments:

Blogger maria said...

...
às vezes é.
Mas também é verdade que andamos sempre muito burros, todos. Que coisa!! se dizemos, percebemos, lemos, antevemos, temos certeza absoluta (quase sempre) que aquilo que não estamos a dizer é que devia mesmo fazer-se ouvir... então porque defeito de fabrico não havemos nós de dar som a essas palavras?

ai... que há coisas que não consigo mesmo entender.
É que há silêncios e silêncios...
e só alguns são perceptíveis!
só alguns, e só em algumas circunstâncias e só com a pessoa certa como "interlocutora de silêncios"... estes se fazem ouvir!
ufff.
Tenho dito!

25/8/05 10:47 da tarde  
Blogger maria said...

Também é verdade que, às vezes, corro o risco de falar demais... aliás, sou muito perita nisto do "falar demais", pelo menos, falar a usar muitas, muitíssimas palavras... às vezes para dizer coisas pequeninas, coisas breves, digo, digo, digo mais ainda e escrevo ainda muitíssimo mais que muito...
mas isto de falar demais, de escrever muitíssimo a mais... é do gozo supremo que das palavras retiro.
como o silêncio que nelas encontro. Sim, nas palavras.
As palavras escritas são-no em silêncio. neste matraquear ritmado e, tantas vezes, quase furioso de dedos que têm muito mais a experimentar a juntar palavras, a desenhar (quem dera) na forma de letras, estas coisas que nos vão pela cabeça, que nos assaltam os segredos, que nos deixam os olhos mais brilhantes, que nos fazem sentir a inquietação de contar as horas, os minutos, cada vez mais perto...

Sim, é verdade que os silêncios importam e é verdade que trauteio palavras à solta a parecer quebrá-lo vezes a mais... mas as minhas palavras, aqui deixadas, são-no em som de fundo muito calmo, muito seco, muito lavado de lágrimas que não choro. são de risos e de cantigas, de rodas de crianças, de bocaditos soltos de gargalhada de amiga(s), de brindes dos "copos à sexta".
Os meus silêncios, e julgo sempre que é tão fácil conhecerem-me (engano-me, engano-me quase sempre), falam exactamente como eu escrevo: dizem (de mim) demasiado, mas nunca a mais!

25/8/05 10:56 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A Maria é imparável.

Comentário ao post:
... nunca por fazer!

Doido

25/8/05 11:33 da tarde  
Blogger Cadelinha Lésse said...

Imparável
Insuperável
Incontornável
Docemente insuportável
Se calhar irremediável
Mas sempre INDISPENSÁVEL

26/8/05 3:19 da tarde  

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