sexta-feira, dezembro 9

A pergunta do antigamente

Nos últimos oito anos, mais coisa, menos coisa, tem sido assim: aos amigos pergunto pelos filhos e os amigos perguntam-me pelos cães. Os mais chegados estão habituados, desde Setembro, a sondar-me com pezinhos de lã, com interrogações do género “Então e o Sancho, anda bem?”… Quem não é chegado, não sabe da história e ainda faz a pergunta do antigamente, à qual respondo: “Agora só tenho um cão”. Até tenho pena dos interlocutores menos avisados… ficam com uma cara de espanto que até mete dó. É curiosa esta abordagem, esta maneira que as pessoas têm de quase pedir desculpa por não saberem que o cão se foi, como se estivessem a ser indiscretas. Até parecem que sofrem por nós.