Timbuktu
Amiguinhos,
As portas de Timbuktu abriram-se para me receber no sábado que passou. Parti manhã cedo, a muito custo... pois não queria deixar o meu mano nem a minha patroa. Mas eu estava muito doentinho e, por isso, havia tempo que a mala estava feita e o bilhete de ida comprado. Na véspera, fui de urgência para o hospital, ao início da tarde, e já não saí de lá.
Enquanto me segurava para uma transfusão de sangue, a patroa bichanou: "Vai, Aartois! Se queres ir, vai...". Pouco depois, olhei-a fixamente, a despedir-me. Ela deve ter percebido. Deitou-me um esgar de comiseração e eu encostei-me a ela. Custou-me, mas levantei-me para me encostar a ela e sentir pela última vez o carinho dos seus afagos. Nunca mais a vi...
Timbuktu é um sítio bonito, cheio de meninas e meninos como eu. Há brinquedos, "bons", espaço para correr e os anjos são de quatro patas, como nós! Não tarda nada vou ter aqui muitos amiguinhos.
Aartois do Bosque d'Uccle
20 Comments:
O comentário noutro sítio fez-me vir imediatamente aqui, para ficar uma vez mais com a visão turva. Ele teve muita, muita sorte contigo e está agora a contar aos outros, em Timbuktu, o que é uma patroa à maneira.
POS, ou STL, ou o que quer que seja
Bolas, ó Lesse, por um momento pensei... caramba, nao reparei no italico e pensei que tinhas ido mesmo para Timbuktu! Tu nao facas isso ao pessoal!
E as feriazinhas, foram boas? Ja estava com saudades da vida de cao!
Cumpriemtos dos gatinhos!
Abracicos!
Lésse, também eu já fui a patroa de uma cadela que partiu. Também ela me olhou e nunca mais a vi.Foi a minha única experiência com a morte. Um beijinho.
AQUI FICA O AVISO PARA OS QUE SE SIGAM, através do reparo aos anteriores: Rosário e Pilantra, a culpa não será vossa, mas não leram com atenção. Não perceberam o que está contado neste texto, ou não fariam comentários desses...
Nestes momentos não há palavras. Só mesmo quem, como nós, tem a felicidade de ter estes bichos lindos de 4 patas sabe que eles são mesmo os nossos melhores amigos. Foste, tenho a certeza, uma dona fantástica.
Vou a correr dar umas festas aos meus cães, para que também eles tenham a certeza que os amo. Um beijo do PCS
Era um bicho lindo, teve uma bela vida e foi amado. Vais ter de continuar, lassy, não esmoreças. Ele ladra por ti em timbuktu, e ladra-te coragens das que afastam dores
Aartois,
A minha mãe contou-me (era eu ainda muito muito pequeno) que quando ela ainda era miúda tinha havido lá em casa um outro Cãopanheiro… um rapaz com energia “a mais” diziam os pais da maria (explicou-me ela, sem saber dizer o que era isso da “energia a mais”…) bom, esse Cãopanheiro era Epagnol Breton, maluco das corridas pelo campo e incapaz de ficar fechado onde quer que fosse.
Contaram-me que ele caçava tudo… até galinhas! Diziam, lá na terra da avó – por acaso, onde moro agora! – que ele era o “urso branco” que, de vez em quando, visitava sem aviso os quintais dos vizinhos… quando era pequenito, até as janelas abertas lá de casa serviam de antecâmara a mais um caminho de aventura: olhava-as, calculava o salto e… Zumba! Lá ia ele dar umas voltas.
Dizem, ainda agora, que era impossível prendê-lo…
Um dia, os avós, tentaram convencê-lo a ficar à espera que voltassem de uma saída de dia inteiro…
Nesse dia, ele decidiu que não queria ficar nunca, nem um dia que fosse, fechado. E partiu…
Eu, que já sou rapaz a caminho dos nove anos, a minha mãe que já está uma velhinha senhora de quase 13… sabemos da história dele desde sempre. E ele já foi p’ra Timbuktu há mais de 20 anos-de-gente…
é que há companheiros que são memória a vida toda e
há os Cãopanheiros que são companhia mesmo depois de partirem!
Um abraço grande, Aartois, aqui do Assis…
E um xi apertado, p’ra ti, Lésse, também da maria
Anonimo,
pronto desculpa e desculpa lesse... nao foi para ferir ninguem... na verdade nao julguei que o texto quisesse dizer que... pensei que fosse apenas para sensibilizar as pessoas para o facto de as vezes abandonarem animais! Lamento imenso.
O meu Elvis (o gatinho) esteve desaparecido durante 4 dias e quase demos em loucos de tanta preocupacao...nem quero imaginar se de facto alguma coisa lhe tivesse acontecido...
Tenho uma cadela (uma rafeira que é um amor...) e não sei o que sentirei quando ela tb for para Tumbuctu!
Comovi-me com o sentimento com que descreveste esta partida.
Um grande abraço.
Aartois do Bosque d'Uccle até um dia destes ... belo poema ... um afago canino...
Salut Artois!
Doido
: )
Se ele foi para Timbuktu, está bem. E obviamente foi muito amado aqui, no seu dia a dia. Um beijo para ti.
Vá lá amiga.
Volta ao nosso convívio.
Doido
Já estou com as saudades a apertarem!
Volta depressa.
Fiquei muito triste quando li esta noticia... mas sei que lá no céu dos cãezinhos o Aartois já não sofre mais.
Um grande beijinho para ti, querida amiga....
Venho só escrever
* beijinhos
e
xi-abracinhos grandes!
ou melhor, o que venho aqui fazer é
enviar um
xi-grandEnorme vezes 2
...
Hey Lesse :) Cá estou de volta ao mundo blogosférico, após umas merecidas férias e a saber as tuas novidades. O que se passou? Espero que estejas bem e regresses rapidamente a esta atmosfera. Gosto muito de te ler!
Bjzz de regresso
timbuk 3, a vida... a 3 dimensões.
mto ternurento. pois claro. e eu gostei dessa aventura. beijos
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