quinta-feira, abril 6

O país que temos

Estava hoje um colega meu muito irritado, e com toda a razão, porque os noticiários televisivos de ontem deram muita importância a um determinado jogo de futebol. Deram ontem como dão habitualmente, para mal dos nossos pecados, que até não são assim tantos. Muito mais pecam as estações televisivas, porque, invariavelmente, se escudam nas preferências da maioria dos espectadores (sabe-se lá como é que são feitas essas medições de audiências e com que fidelidade…) para justificarem o lixo que nos dão a consumir todos os dias: ele é programas para donas de casa a todas as horas da manhã e da tarde; ele é concursos para ver quem acerta nos montantes dos electrodomésticos; ele é circos sempre com os mesmos palhaços (raios partam os leões, que ainda não aprenderam a dar umas boas trincadelas nos concorrentes!). Por estas e por outras se diz que temos o país que temos, ou somos o país que somos. Concordei de novo com o meu colega, quando sugeriu: “Em vez de estarem a dar tanto futebol, deviam passar programas a ensinar as pessoas a não cortar as unhas no autocarro e a não cuspir para o chão”. Este, infelizmente, também é o país que temos…

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

daaahhhhhh! Por não gostar de futebol não quer dizer que o suprimam da tv. E, se calhar, o problema das unhas do autocarro não seja tão grave, comparado com a falta de cultura de cidadania e de conhecimento dos direitos de cada um.

5/5/06 5:25 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro anónimo!
O problema das unhas - não DO mas NO autocarro - é, para mim, um problema de falta de cidadania e de, no caso, REconhecimento dos direitos de cada um. Ou seja, todos temos direito às nossas unhas, tal como todos temos o direito a não ver em espaços públicos manifestações de mau gosto como essa, a de cortar as ditas nos transportes...

Cumprimentos e bom futebol!

Lésse

7/5/06 7:26 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home