terça-feira, março 29

Mesquinhez

A mesquinhez não conhece limites. Não conhece fronteiras, não conhece barreiras, não conhece sequer as pessoas a quem é dirigida. Resta saber se quem a tem alguma vez chegou a conhecer-me. Acredito que não. Nunca me conheceu, nem nunca fez um esforço para tal. Andou ali, a sugar tudo o que eu tinha de bom para lhe dar, a aproveitar-se da minha sinceridade para me cuspir na cara à primeira oportunidade. Quando dei por isso, mostrei-lhe a porta de saída.
Pensava eu que, com o passar do tempo e tratando-se de pessoas adultas, a amizade fosse um valor a preservar. Andei eu a impor a mim própria uma conduta porque tenho respeito pelas pessoas e pelo passado que vivi com elas e, afinal, a mesquinhez voltou a atacar. Atacou há uns meses, atacou hoje de novo. É triste. É triste porque aquela pessoa para quem já fomos tudo passa por nós na rua e, só porque leva companhia, quase faz de conta que não nos vê. Mais uma cuspidela.
E não me venham dizer que não tenho nada a ver com o assunto, pois sei que não tenho. O meu assunto aqui é outro: é eu pensar que tinha ali um amigo e que eu era amiga. Mas aos amigos não se cospe na cara. Vá quem for ao nosso lado, não se cospe na cara de um amigo. Os meus amigos só me perdem se quiserem. Pois bem: tens o que quiseste ter.

O coração do homem existe para conciliar as contradições mais notórias, David Hume

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

1/4/05 9:55 da tarde  

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