Tu, que és cão
Tu és um saco de pulgas.
Tu nunca tiveste um minuto de trabalho.
Tu lambes a cara de desconhecidos
com a única intenção de me envergonhar.
Por vezes, tresandas como uma manta
velha, mal cheirosa e húmida.
Não és apenas daltónico,
tu nem sequer sabes distinguir
uma carpete de um sofá.
Tu finges que achas a palavra
“não” incompreensível.
Tu insistes em partilhar o teu desafinado
latido com a vizinhança inteira.
Por alguma razão, tens medo de estátuas.
As estátuas põem-te louco.
Tu não tens vergonha nenhuma.
Tu és a coisa mais preguiçosa, suja
teimosa e presunçosa que conheci
em toda a minha vida.
Mas eu acho que és perfeito.
Nota: isto é plágio
2 Comments:
Há cães com sorte...
A sorte dos cães é essa: são cães, não se aborrecem, não estão à espera de nada. São cães e pronto!
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