sexta-feira, dezembro 30

Cãotagem decrescente

Agora que os relógios estão em cãotagem decrescente, venho eu aqui dizer-vos que espero, muito sinceramente, ver-vos bem dispostos ao longo do próximo ano. Façam todas as coisas boas que vos passarem pela cabeça, não se aborreçam com o que não tem importância, não percam tempo, olhem mais vezes para o lado e ofereçam o vosso sorriso. Há sempre quem dele precise.

quinta-feira, dezembro 29

Ao fundo da minha rua

Ao fundo da minha rua, o mar é em linha recta. Ali nada entra, dali nada sai. Mas vejo-o, sim.
Há dias, numa dessas noites em que o Morfeu não dormiu em casa, fui umas quantas vezes ao quintal para vê-lo (ao mar). A lua estava mesmo ali, alinhada pelo fundo da rua, e via-se na perfeição uma larga estrada prateada… Era o mar. Que nunca se vê à noite, excepto quando a lua está bem disposta e faz destas graças.

sábado, dezembro 24

e...

Façam o favor de ser felizes. Até um destes dias!

sexta-feira, dezembro 23

Há novas na blogosfera

O meu amigo Tito pariu outro blog. Para já, cheira a Brasil… e o autor promete dar-nos de comer livros e filmes, além dos seus desabafos. Blog das Ignorãças (http://blogdasignoracas.blogspot.com/) é um espaço introspectivamente intimista…

Um bom ano para vocês

Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a
que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no
limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e
entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra
vez, com outro
número e outra vontade de acreditar que daqui pra
diante vai ser diferente

Carlos Drummond de Andrade, sem título

Outra frase do dia

É Natal, ninguém leva a mal...

Recomendação

Hoje recomendo, para hoje e todos os dias, uma visita ao Mixtu... (http://mixtu.blogspot.com/), um blog muito bem disposto. Eu, pelo menos, farto-me de rir.

quinta-feira, dezembro 22

Frase do dia

BOAS FESTAS pelo corpo todo

quarta-feira, dezembro 21

Pergunto

Sabem quem é a mulher do Pai Natal? É a Mary Christmas

Os poderes do PR

Não me lembro de uma pré-campanha para as presidenciais tão irritante quanto esta. Aos debates televisivos sucedem-se debates televisivos, e a falta de ideias colmata-se com ataques a outros candidatos ou com o puxar de galões por um passado já distante. Pelo meio, ficam discursos em jeito de promessa eleitoral para as legislativas.
Quais são, afinal, os poderes dessa figura tão cobiçada, a que se convencionou chamar chefe de Estado?
Em termos políticos, Portugal amanha-se com o sistema de governo semi-presidencialista (criado em França por Charles de Gaulle), como consequência (entre muitas outras) das conquistas do 25 de Abril. Contrariamente ao que sucede nos Estados Unidos (presidencialista), onde o chefe da União desempenha as funções governativas, e em Inglaterra (berço do sistema parlamentarista), onde a figura cimeira é um monarca que reina mas não governa (o poder é repartido entre a Câmara dos Comuns e o primeiro-ministro, tendo este muitas contas a prestar ao parlamento), entre nós há uma tripartição no exercício das funções políticas (leia-se: presidente da República, Assembleia da República e Governo), havendo formas mais ou menos apertadas de controlo desse exercício.
Só que, comparando com o caso francês, o nosso semi-presidencialismo dá menos importância à figura do presidente, o que se revela, pelo menos, nestes dois aspectos: em França, o mandato é de sete anos (cá é de cinco) e o presidente, perdoe-se a redundância, preside às reuniões do Conselho de Ministros, coisa que por cá só acontece se o Governo o entender.
Voltando à pergunta acima referida, os poderes do PR estão expressos na Constituição de 1976, dos artigos 120º ao 140º. Em termos de significado político, o que mais importa reter é que o presidente pode: dissolver a Assembleia da República, demitir o Governo, exercer o direito de veto e solicitar ao Tribunal Constitucional a apreciação de normas em sede fiscalização preventiva ou sucessiva. Estas são, em suma, as formas mais importantes de o PR exercer a autoridade que lhe é conferida em termos constitucionais. No entanto, nada disto se faz porque o gajo acorda mal disposto e resolve fazer birra. Tudo tem regras e, em certas circunstâncias, até o veto presidencial pode ser ultrapassado, se houver confirmação, por parte da Assembleia, do diploma em questão.
Isto tudo para dizer o quê? Que andam aí uns senhores aflitos, a ver quem é que tem melhor perfil para levar a bicicleta, e, afinal, ser presidente da República é mais uma questão de prestígio, quem sabe se de projecção internacional (para ficar nas fotos de família das cimeiras), já que a capacidade para intervir dentro de portas é reduzida.
Sem esquecer que em política se dá o fenómeno da coabitação, ou seja, se o partido que apoia a eleição do PR é o mesmo que suporta o Governo e está em maioria no Parlamento, mais raro se torna assistirmos ao pleno exercício dos poderes do PR. Será que os candidatos alguma vez leram a Constituição?

terça-feira, dezembro 20

Começou a dança

Se há coisa que me irrita, além do Natal em si, é que gente que passa um ano inteiro sem saber nem querer saber de mim venha agora dar as boas festas… via sms. Só porque, em má hora, ficaram com o meu contacto pessoal, julgam-se no direito de me entupir a caixa de mensagens do telemóvel. Este ano, a dança começou mais cedo. Vá lá que a mensagem vinha assinada, se não ainda teria de me pôr a adivinhar de quem eram os “votos de um santo Natal e de um 2006 pleno de sucessos”. Ainda se isto trouxesse algo de auspicioso… mas não me cheira. E, se pensam que vou responder, eu vou ali e já volto. Por falar nisso, até já!

quinta-feira, dezembro 15

Chocante

Está internada no Hospital Pediátrico de Coimbra uma criança que, ao que tudo indica, foi repetidamente espancada e submetida a abusos sexuais, praticamente desde que nasceu. Nasceu há 55 dias, pesa menos de quatro quilos. Suspeitos: os pais. Os mesmos que lhe puseram o nome de Fábia Letícia, mas isso é o menos. Chocante, neste como noutros casos, é: em primeiro lugar, todo e qualquer mal que se faça a uma criança, seja em que termos for; em segundo, esses actos inqualificáveis partirem de quem a pôs no mundo. Tenho dificuldades em encontrar, mesmo no mais completo dos dicionários, palavras que definam o tipo de pessoas que essas pessoas são. Nem os animais – supostos seres irracionais - são capazes de tamanha crueldade. E eu, que disto nada percebo, suspeito que, a serem julgados e a cumprirem pena, tais filhos da puta* nem sequer vão ficar atrás das grades muito tempo. No entanto, fizeram o que fizeram. Deram-lhe a vida e não se sabe se, de alguma forma, não lhe terão dado a morte.

* é a primeira vez que aqui resvalo para linguagem menos apropriada. Pelo facto (o de ter resvalado, obviamente), peço desculpa.

domingo, dezembro 11

Incentivo à promoção

Quem trabalha muito... erra muito;
Quem trabalha pouco... erra pouco;
Quem não trabalha... não erra;
E quem não erra... é promovido

sábado, dezembro 10

Frase do dia

Ao fim de uma recta há sempre uma curva.

sexta-feira, dezembro 9

A pergunta do antigamente

Nos últimos oito anos, mais coisa, menos coisa, tem sido assim: aos amigos pergunto pelos filhos e os amigos perguntam-me pelos cães. Os mais chegados estão habituados, desde Setembro, a sondar-me com pezinhos de lã, com interrogações do género “Então e o Sancho, anda bem?”… Quem não é chegado, não sabe da história e ainda faz a pergunta do antigamente, à qual respondo: “Agora só tenho um cão”. Até tenho pena dos interlocutores menos avisados… ficam com uma cara de espanto que até mete dó. É curiosa esta abordagem, esta maneira que as pessoas têm de quase pedir desculpa por não saberem que o cão se foi, como se estivessem a ser indiscretas. Até parecem que sofrem por nós.

quarta-feira, dezembro 7

Isto não se faz

Pagam-me e ainda por cima querem que eu trabalhe!

segunda-feira, dezembro 5

Poucas vergonhas

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Xiiii... o que para aqui vai!

sexta-feira, dezembro 2

Adágio

A chuva é como a justiça: tarda, mas não falha.